CAUDAL JACUÍ
Jacu, ave de porte,
Da fauna do rio Jacuy,
Origem de nome Tupy,
Rio que cruza o Rio Grande,
Do planalto vem exangue,
Exercendo teu domínio,
Mais encorpado e nímio,
À medida que se expande.
2
Pelas urbes onde passas
Deslizando no teu leito,
Tem formado conceito
Quando cruza por aqui,
O volumoso frenesi,
Das tuas águas corredeiras,
Faz São João da Cachoeira,
A princesa do Jacuí.
3
Assoberbado na essência,
Dessa fonte de água rica,
A tua grandeza explica,
O domínio que exerce,
E tão fértil, abastece,
As cidades ribeirinhas,
Mata a sede pela linha,
Da rota aonde tu desce.
4.
Serve a água do teu leito,
Para o banho de que toma,
E também proporciona,
A canoa navegando,
O peixe que está buscando
Vem da agua que reboja,
Onde a vida se renova,
Na barragem do fandango.
5
Nesta água do teu veio,
Cria das tuas barrancas,
É onde abrigas e abanca
O clube de caça e pesca,
E o Náutico que presta,
Para a prática do remo,
Agremiação onde temos,
Uma comuna de festa.
6
Descendo a rua Moron,
De calçamento centenário,
Que é caminho usuário,
De tradição muito antiga,
Vê-se em meio à descida,
O por do sol avermelhado,
No contraste espelhado,
Das tuas águas escurecidas.
7
Podemos observar,
Teu entardecer bendito,
Que pode bem ser visto
Nos dias de mais estio,
Com peixe que recém saiu,
Fritinho com uma gelada,
Sobre a brisa soprada,
Num bar a beira do rio.
8
Em tuas águas revoltas,
Levou pedras da praia,
Trouxe a areia que espraia,
Vinda com cheias fortes,
No destino da tua sorte,
Continua tua vertente,
Levado pela torrente,
Da água que faz teu porte.
9
Cachoeira é mesmo rica,
Pelos muitos balneários
Contempla este estuário,
Muitas áreas de repouso,
O lazer no capão novo,
Também o são Lourenço,
E de valor mais imenso,
A Praia nova do povo.
10
Pelas canoas de pesca,
Pela sede que mitiga,
Pelas várzeas que irriga,
E arrozais que sustente,
Influi sensivelmente,
O volume das tuas águas,
O prazer que consagra,
Apreço da nossa gente.
Borralho
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